Quando li esse livro, eu devia ter uns 14 ou 15 anos. Confesso que na primeira leitura não entendi muito bem. O livro possuía pra mim, na época, uma linguagem bastante hermética e além de tudo abordava a questão da estética de um modo muito filosófico.
Entretanto, ao ler novamente depois de um tempo e ao assistir o filme também (sim, parece que os bons livros sempre dão filmes, pena que nem sempre tão bons!) fiquei fascinada com a fictícia história do jovem Dorian Gray, um rapaz de uns 17 anos, dono de uma beleza inigualável!
Não se assuste pensando que é um livro cult, do Oscar Wilde e mimimi. Se você conhece alguém lindo e narcisista, está apto a entender O Retrato! Hehe!
O pintor e amigo de Dorian Gray, Basílio Hallward, faz uma pintura deste que seria apresentada a todos presentes num dos bailes nos quais se passa a história. Ali, Dorian Gray é apresentado ao Lorde Henry, que após alguns minutos na sua companhia, o deixa muito perturbado levantando questões sobre o tempo e a ação dele sobre os bens mais preciosos do jovem Dorian: sua beleza e juventude.
Num ato de desespero, num rompante contra o seu amigo Basílio, por ter lhe mostrado a beleza da qual ele próprio não tinha a menor ideia, Dorian roga aos céus para que nunca envelheça e que toda a ação do tempo e as marcas do pecado, a partir de então, fossem transferidas à pintura.
O jovem se entrega a uma vida de sedução, crime e libertinagem, e acaba se envolvendo com Sibyl Vane, uma jovem atriz de teatro que por sua paixão pela arte de atuar, acaba chamando a atenção de Dorian. A pobrezinha acaba sendo abandonada por ele o que resulta numa das muitas tragédias que seguirão ao longo do livro. Mas a vaidade de Dorian é tão grande e egoísta que o objetivo primordial de sua vida parece ser a busca pelo prazer a qualquer custo. Repito: QUALQUER CUSTO. As causas, formas e modos simplesmente não interessam!
E mesmo quando todos envelhecem, o tempo simplesmente parece ter parado para Dorian Gray.
A contínua tragédia dessa história, conduz a uma drástica mudança de personalidade, até então em formação e aos poucos Dorian vai percebendo que o seu desejo acabou por se tornar realidade e todos os seus pecados estão fantasticamente marcados no seu quadro que, de obra-prima da beleza, torna-se a representação pura da maldade, do que há de pior num ser humano. Assim como a alma do eterno jovem Dorian Gray.
FICHA TÉCNICA:Editora: Martin ClaretAutor: Oscar WildeOrigem: NacionalAno: 2009Edição: 1Número de páginas: 215
Uau! Que sinopse maravilhosa que vcs fizeram! Vou correndo ver o filme! Nunca tinha tido interesse antes de vê-lo mas depois de ler esse post...quero já! kkkkkkkkk
Beijos!